quinta-feira, 10 de março de 2011

Cavalos Roubados - o melhor livro que li em 2010

Hoje, a propósito de uma conversa com a Ana Gualberto decidi-me a escrever sobre o livro que mais me entusiasmou em 2010. Não é uma critica literária, até porque não sei fazer isso, mas sim um desabafo sobre este livro.
Comecemos pelos factos... entrei numa livraria à qual não vou fazer publicidade porque não me paga para isso e vi este livro. Chamou-me a atenção o facto de não ter artigo no título; não é "Os Cavalos Roubados" mas sim "Cavalos Roubados". Parece idiota (e provavelmente até é), mas a ausência do "Os" fez-me comprar o livro. Isso, claro, e o facto do autor ser norueguês. Pela primeira vez iria ler um livro de um autor da Noruega, País que não conheço mas que imagino fabuloso para viver.

Quando no meu Clube de Leitura, chegou a minha vez de escolher, não hesitei - "Cavalos Roubados". A leitura programava-se para o mês de Dezembro, que é sempre um mês complicado pois, para além do Natal, havia uma festa de um centenário para preparar. Com pouco tempo comecei a temer o pior - que iria odiar o livro.

Pois foi exactamente o contrário. Com muito pouco tempo para dedicar à leitura, tive que saborear cada um dos momentos lindos do livro rapidamente. 
Que livro fabuloso. A métrica e a cadência do livro é magnífica. E é um livro de uma escrita tão simples. O livro não tem pensamentos fabulosos, nem histórias violentas nem nada do que é habitual encontrar. É simples e de uma escrita que parece também muito simples. Fiquei fã do autor, pena é que só tenha este livro traduzido para Português. A métrica, isto é, o modo como ele utiliza a narrativa e que vai mudando e aumentando de ritmo na mudança de época à medida que o livro avança é girissimo. No inicio a mudança de época (sim, a história de Trond é contada a 2 tempos - na sua adolescencia e na sua velhice) é feita em cada capitulo, depois é quase metade-metade e, para o fim, é quase palavra a palavra. Mas sem qualquer complicação, como se tudo fosse natural e muito simples!!!!

Um homem que se encontra ao reencontrar-se com o passado. Lindo! Fez-me querer muito ir passear nas florestas da Noruega.

Muito bom - Nota 5!

Bjs,
Paula



Na Oficina do Livro diz-se o seguinte:




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