sexta-feira, 30 de junho de 2023

Terrorismo 2013



Terrorismo dos Irmãos Presniakov

Inimpetus

Portugal - Eurovisão - 2002

2002


Portugal não participou.
"Portugal announced their non-participation, due to internal problems at its broadcaster"
Xiiiiiii

Canção ganhadora:
 Latvia"I Wanna"Marie N

Portugal - Eurovisão - 2001

2001
Canção: Só sei ser feliz assim
Intérprete: MTM
Resultado: 17º



Canção ganhadora

 Estonia"Everybody"Tanel PadarDave Benton and2XL

Natália Correia = 100-30 (11)

Busto Natália Correia - Palácio de S Bento

 

Nome: 

Natália Correia

 

Idade: 

Antiquissimamente jovem. Perdi-a à medida que fui avançando para um ponto do Espirito em que passado, presente e futuro se fundem.

 

Estado Civil: 

Casada sem condescendências com o enfadonho espirito da conjugalidade.

 

Naturalidade: 

Ilha de S. Miguel

 

Filhos: 

Nenhum. A minha maternidade é universal e não biológica.


terça-feira, 27 de junho de 2023

Portugal - Eurovisão - 2000

2000


Portugal não pode participar  :-(
 
"Bosnia and Herzegovina, Lithuania, Poland, Portugal and Slovenia were relegated due to having the lowest average scores over the previous five editions"


Portugal - Eurovisão - 1999

1999
Canção: Como tudo começou
Intérprete: Rui Bandeira
Resultado: 21º



Natália Correia = 100-30 (9)

 

"Portugal corre o risco de se tornar um hospital psiquiátrico, porque a sociedade para a qual estamos a correr vertiginosamente é contra o amor. E quem não ama está condenado à loucura."

Natália Correia

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Natália Correia = 100-30 (8)

Assembleia da Républica - 12 DE NOVEMBRO DE 1982

Em:  https://debates.parlamento.pt/catalogo/r3/dar/01/02/03/012/1982-11-11?sft=true#p335

 

A Sra. Natália Correia (PSD):

 

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Não posso tomar a palavra sem primeiramente louvar a galhardia e a generosidade democrática com que o Grupo Parlamentar do PSD pôs à minha disposição parte do seu tempo neste debate, sabendo que nele a minha voz destoaria da sua doutrina e orientação de voto.
Cumpriu-lhe, assim, honrar o direito dos deputados a não defraudarem os imperativos da sua consciência, no que valorosamente contribui para a dignificação e realce moral deste órgão de soberania.
Srs. Presidente, Srs. Deputados: Devo confessar que me foi penoso confrontar-me com considerações de ordem moral e filosófica na profunda meditação que me impus para tomar uma posição inteiramente consciente neste complexo problema da despenalização do aborto. E nesse combate que se travou na minha consciência tomou forma a ideia de respeitar a opção daqueles que por imperativo de concepções e de fé religiosas interpretam o direito à vida em termos de o incompatibilizarem com a impunibilidade do aborto. Perante estes inclina-se o meu respeito pela coerência com os princípios que, vigorando no seu foro íntimo, orientam a sua conduta.
Já aos que, num campo de ideias e de sensibilidade laicas, por posições filosóficas, são adversos à despenalização do aborto provocado, exilando dos seus raciocínios razões dramaticamente ponderosas que o justificam - a própria argumentação filosófica da sua argumentação a torna polemizável -, a estes direi, como Pascal, que toda a filosofia não vale uma hora de dor.

 

Vozes do PCP: - Muito bem!

 

A Oradora: - Digo-o pensando nesses muitos milhares de mulheres que, dolorosamente impelidas por circunstâncias inibitórias de uma maternidade saudável, arriscam a sua vida em tenebrosos desvãos de curiosas. Sangue e tragédia com que a efectiva não coactividade e não funcionalidade real da penalização legal do aborto tece a rede da sua prática clandestina!
Nas reflexões que trabalharam a minha decisão forçosamente me debrucei sobre o campo científico a fim de obter uma resposta para esta pergunta: em que momento começa a existir a vida humana desde que o homem é uma maravilhosa descontinuidade no contínuo biológico que é a vida?
Do famoso biólogo Jean Rostand colhi este depoimento:

Se desejarmos ser consequentes na resposta a esta questão, será preferível proteger por todos os meios a mulher portadora de óvulos férteis e o homem portador de espermatezóides.
Outro parecer, este do fisiologista François Jacob, adiantou-me que não existem entre o ovo e o recém-nascido que dele surgirá um momento privilegiado nem etapas decisivas que confiram, de repente, dignidade humana ao feto. Simultaneamente, Jacques Monod - que como François Jacob compartilhou o prémio Nobel da Medicina e Fisiologia, em 1965-, recusa a identificação do aborto com o infanticídio, declarando:

O feto não é uma pessoa humana. Ele não tem consciência. Confundem-se, há muito tempo, uma certa mística e os dados biológicos.
Muito embora eu não pertença ao número daqueles que fazem da ciência um dogma, obrigatoriamente associo as opiniões destas sumidades científicas com a lógica desta verosimilhança. Só com o nascimento se adquire personalidade jurídica. Por consentâneas razões, mesmo os que defendem a humanização do organismo embrionário, têm como estabelecido e aceite que o malogro do feto em aborto expontâneo não cobre registo, baptismo, certidão de óbito ou funeral, para não falar do enterro religioso como já aqui foi dito oportunamente.
Nesta perspectiva da animação tardia do feto, certos católicos favoráveis à impunibilidade do aborto em casos extremos, agónicos como o jesuíta americano Padre Doncel, baseiam-se na concepção hilomórfica da natureza humana sustentada pelo filósofo católico medieval Tomaz de Aquino. Nesta doutrina que foi oficialmente adoptada pela Igreja no Concílio de Viena em 1312, predominou a noção de que, no organismo em desenvolvimento, só com a aquisição de traços humanos não contraíveis no primeiro trecho da gravidez se dava a infusão da alma.
Ponderados estes motivos de reflexão, o problema do aborto voluntário em situações irrecusavelmente dramáticas, pôs-se-me em termos de eu escolher entre o nível fisiológico e o nível espiritual da existência.
O espiritualismo não confessional que perfilho não me consentia outra atitude senão a de preferir à virtualidade fisiológica de humanização, a plenitude em que esta espiritualmente se realiza.
Eis porque, na discussão do respeito pelo direito à vida que fulcralmente anima os debates sobre a despenalização do aborto, firmemente tomo a direcção de atribuir maior valor aos direitos dos que geram a vida que humanamente se manifesta na fruição da consciência e da personalidade. Isto porque para mim respeitá-la é, em primeiro lugar, combater a fome, a alienação, os massacres, as guerras e a institucionalização do pesadelo nuclear que ameaça ceifar milhões de vidas.

 

Vozes do PSD e do PS: - Muito bem!

 

A Oradora: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Não posso também afastar do meu raciocínio uma contradição imoral e pungente. Refiro-me à não coactividade, prolixamente, tragicamente demonstrada, da lei que penaliza o aborto cuja prática se propaga numa clandestinidade propícia à morte e a graves lesões físicas e psíquicas, num mercado negro de dor sustentado pelo dinheiro que a aflição, a desgraça e a miséria pagam. E não me escuso a dizer que os que não são capazes de mudar unia sociedade em que a asfixia económica é, quantas vezes, causa do recurso infortunado ao aborto, não têm qualquer espécie de autoridade para legalmente o penalizarem.

 

Aplausos do PS, do PCP, da ASDI, da UEDS, do MDP/CDE e dos Srs. Deputados do PSD, Silva Marques, António Vilar e Adérito Campos.

Finalmente, Sr. Presidente, Srs. Deputados: O conceito de vida humana é, pelo seu conteúdo de relação entre o «eu» e o «outro», um conceito histórico movido pelo avanço social, científico e cultural do homem que gera novas questões éticas. Eis o que esquecem aqueles que, com uma óptica estática da ética, fundamentam em valores morais e culturais a ilicitude do aborto voluntário mesmo quando é o drama que está na sua origem. Eis o que tiveram presente os legisladores e a cultura dos países em que a legislação sobre o aborto foi alterada no sentido de combater a chaga social da sua prática na ilegalidade.
Será que a excelência da nossa superioridade moral e cultural em relação a esses países, impressionantemente, significativamente numerosos e cujos modelos são o atractivo do nosso denodo europeizante, consiste na solitária soberba de abandonarmos à insanidade e à mortalidade do aborto clandestino, um acto a que esses Estados, com repúdio por um ilusionismo penal que não escamoteia a consumação real e nociva do aborto, preferem proporcionar cuidados sanitários?
Incansavelmente defendo a diferenciação cultural da nossa sociedade. Mas ela faz-se com a verdade, não com a mentira.

Aplausos do PS e do PCP e dos Srs. Deputados do PSD, Silva Marques e António Vilar.

É com a verdade que procuro estar quando me rendo a esta evidência: A despenalização do aborto não o encoraja. Desencoraja, sim, os malefícios do aborto ilegal.


Portugal - Eurovisão - 1998

1998
Canção: Se eu te pudesse abraçar
Intérprete: Alma Lusa
Resultado: 12º


Canção ganhadora:
 Israel"Diva"Dana International

Portugal - Eurovisão - 1997

1997
Canção: Antes do Adeus
Intérprete: Celia Lawson
Resultado: 6º


domingo, 25 de junho de 2023

Natália Correia = 100-30 (7)

MARCELO E AS TÁGIDES

Marcelo, em cupidez municipal
de coroar-se com louros alfacinhas,
atira-se valoroso – ó bacanal! –
ao leito húmido das Tágides daninhas.

Para conquistar as Musas de Camões
lança a este, Marcelo, um desafio:
Jogou-se ao verso o épico? Ilusões!…
Bate-o Marcelo que se joga ao rio.

E em eleitorais estrofes destemidas,
do autárquico sonho, o nadador
diz que curara as ninfas poluídas
com o milagre do seu corpo em flor.

Outros prodígios – dizem – congemina:
ir aos bairros da lata e ali, sem medo,
dormir para os limpar da vil vérmina
e triunfal ficar cheio de pulguedo.

Por fim, rumo ao céu, novo Gusmão
de asa delta a fazer de passarola,
sobrevoa Lisboa o passarão
e perde a pena que é de galinhola.

Natália Correia, “Cancioneiro Joco-Marcelino” 

in O Corvo, jornal de campanha eleitoral da Coligação por Lisboa

N.º1 a 8, novembro/dezembro de 1989


Portugal - Eurovisão - 1996

1996
Canção: O meu coração não tem cor
Intérprete: Lúcia Moniz
Resultado: 6º (em 23)



Canção ganhadora:
 Ireland"The Voice"Eimear Quinn

Portugal - Eurovisão - 1995

1995
Canção: Baunilha e Chocolate
Intérprete: Tó Cruz
Resultado: 21º (em 23)



Canção ganhadora:
 Norway"Nocturne"Secret Garden