domingo, 15 de janeiro de 2012

O(s) livros(s) que mais gostei de ler em 2011

Porque ainda é Janeiro, mês de rescaldo e de introspecção do ano anterior, estive a pensar qual o livro que me encantou em 2011. A escolha foi um pouco dificil, mas decidi-me pela Trilogia Millenium. E elegi os três porque me parecem ser só 1. 


Sou grande apreciadora de policiais. É um género que gosto e que tento ler sempre que posso. Ultimamente surpreendi-me com autores nórdicos - Asa Larsson , Henning Mankell, Camilla Lackberg, Jo Nesbo ou Lars Kepler. Por isso resolvi "investir" na leitura de outro autor completamente desconhecido para mim - Stieg Larsson. E em boa hora.
Estes livros são, de alguma maneira, diferentes. Fogem aos estereótipos do género e são muito interessantes de ler. A escrita é viciante. Comecei a ler e tive muita dificuldade em parar. Li os 3 livros, de cerca de 500 a 600 páginas cada, em 3 semanas de Agosto. A caracterização das personagens, a minucia , o detalhe e a lentidão da acção é absolutamente cativante e motivadora. Nada está fora do sitio, nada aparece "a martelo", não há lugares comuns, tudo faz sentido. A linha e a história é continuada nos 3 livros, mas apesar disso conseguem-se ler os livros sem ser em sequência. Isto foi o que mais me impressionou. Por acaso li pela ordem de publicação, mas se não o tivesse feito conseguiria perceber e enquadrar-me na história da mesma maneira e sem perder o interesse.
Não conhecia Stieg Larsson e quando fui procurar referências percebi porquê. Era um amador! Escreveu a trilogia para se distrair das suas actividades na revista Expo de investigação de actividades da extra-direita escandinava e de denúncia do racismo. Para se divertir. E, talvez por isso, os livros são fantásticos. Talvez porque o objectivo do autor tenha sido a diversão nas horas vagas, os livros me tenham  divertido e distraído mas minha hora vagas.
Outra razão para ter gostado tanto, talvez tenha sido também o tema, para mim, a violência sobre as mulheres. O livro descreve uma sociedade bastante cruel e violenta com as mulheres. Violência física, psicológica e acima de tudo social. O facto de Larsson ter "trocado" as personalidades dos heróis é genial.  Os papéis estão invertidos; Mikael Blomkvist é o pachorrento seduzido e Lisbeth Salander tem todas as características "tipicamente" consideradas masculinas.

Vi a trilogia sueca filmada. 


Como habitualmente me acontece, penso que os filmes estão muito aquém dos livros. São bons, mas não conseguem retratar o melhor destes livros. Mas o fundamental está lá!




E como terá feito Hollywood? Vai estrear o 1º filme! Só espero que não tenham feito um filme de acção e que se tenham mantido fieis à lenta e cativante narrativa dos livros. Vamos ver!

Sem comentários:

Enviar um comentário