quarta-feira, 23 de setembro de 2015

MMXV - Dia 266 (O centenário que fugiu pela janela e desapareceu)



Que livro tão divertido! 
No dia em que completa 100 anos Allan decide que não quer morrer no Lar e resolve fugir para uma aventura divertidamente absurda! A personagem Allan é ternurenta e simpática, mas qualquer uma das outras não lhe fica atrás. Gostei imenso das personagens que o autor sueco Jonas Jonasson inventou. 
E o mais espantoso, para além da aventura centenária, é a história de vida do velhinho. Ao longo do livro o autor cruza a história actual com a história da vida de Allan que... correu Mundo, conheceu presidentes, lideres que mudaram o planeta: Franco, Truman, Estaline, Mao Tsé-Tung, Curchill...
Bom, historicamente não será muito fiel, mas que a história agarra e que está muito bem escrita, lá isso está.

Recomendo vivamente!

sexta-feira, 27 de março de 2015

MMXV - Dia 89 (Mensagem do dia Mundial do Teatro 2015)

Os verdadeiros mestres do teatro encontram-se facilmente longe do palco. E não estão geralmente interessados no teatro que seja como uma máquina para replicar convenções e reproduzir lugares comuns. Eles procuram encontrar a fonte da palpitação, as correntes vitais que tendem a evitar as salas de espetáculo e as multidões de pessoas prontas a copiar um qualquer mundo. Copiamos, em vez de criarmos mundos focados ou mesmo dependentes do debate com o público, cultivando emoções que ultrapassam a superficialidade. É que, na realidade, nada revela melhor as paixões escondidas do que o teatro.
Sou muitas vezes levado pela prosa para refletir. Penso frequentemente nos escritores que há quase um século descreveram profeticamente, mas também com parcimónia, o declínio dos deuses europeus, o crepúsculo que mergulhou a nossa civilização numa escuridão de que ainda não recuperou. Estou a pensar em Franz Kafka, Thomas Mann e Marcel Proust. Presentemente também incluiria Maxwell Coetzee nesse grupo de profetas.
A sua visão comum do inevitável fim do mundo – não do planeta mas do modelo das relações humanas – e da ordem social e sua decadência, é hoje em dia dolorosamente sentida por todos nós. Por nós, que vivemos neste pós fim do mundo. Que vivemos em confronto com crimes e conflitos que deflagram diariamente por todo o lado com uma velocidade superior à capacidade ubíqua dos próprios meios de comunicação. Estes fogos rapidamente se esgotam e desaparecem das notícias, para sempre. E nós sentimo-nos abandonados, assustados e enclausurados. Não somos já capazes de construir torres, e os muros que esforçadamente levantámos deixam de nos proteger – pelo contrário, requerem eles próprios proteção e cuidados que consomem grande parte da nossa energia vital. Perdemos a força que nos permite vislumbrar para lá dos portões, para lá dos muros. E essa devia ser a razão de existir do teatro  e é  que devia encontrar a sua força. O canto íntimo que é proibido devassar.
“A lenda procura explicar aquilo que não pode ser explicado. Está ancorada na verdade, e deve acabar no inexplicável” - é assim que Kafka descreveu a transformação da lenda de Prometeu. Acredito profundamente que estas mesmas palavras deviam descrever o teatro. E é este tipo de teatro, aquele que está ancorado na verdade e encontra o seu fim no inexplicável, que eu desejo a todos os que nele trabalham, os que se encontram no palco e os que constituem o público, e isto eu desejo de todo o meu coração.
Krzysztof Warlikowski

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

MMXV - Dia 51 ( BAFTA 2015 - Vencedores)


Best Film


WINNER: Boyhood
NOMINATED:
The Imitation Game
The Theory of Everything

Outstanding British Film


WINNER: The Theory of Everything
NOMINATED:
’71
The Imitation Game
Paddington
Pride
Under the Skin

Director


WINNER: Richard Linklater (Boyhood)
NOMINATED:
Alejandro G. Iñárritu (Birdman)
Wes Anderson (The Grand Budapest Hotel)
James Marsh (The Theory of Everything)
Damien Chazelle (Whiplash)

Leading Actor


WINNER: Eddie Redmayne (The Theory of Everything)
Nominated:
Benedict Cumberbatch (The Imitation Game)
Jake Gyllenhaal (Nightcrawler)
Michael Keaton (Birdman)
Ralph Fiennes (The Grand Budapest Hotel)

Leading Actress


WINNER: Julianne Moore (Still Alice)
NOMINATED:
Amy Adams (Big Eyes)
Felicity Jones (The Theory of Everything)
Reese Witherspoon (Wild)
Rosamund Pike (Gone Girl)

Supporting Actor


WINNER: JK Simmons (Whiplash)
NOMINATED:
Steve Carell (Foxcatcher)
Edward Norton (Birdman)
Ethan Hawke (Boyhood)
Mark Ruffalo (Foxcatcher)

Supporting Actress


WINNER: Patricia Arquette (Boyhood)
NOMINATED:
Emma Stone (Birdman)
Imelda Staunton (Pride)
Keira Knightley (The Imitation Game)
Rene Russo (Nightcrawler)
 

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

MMXV - Dia 41 ( Uma coisa que ainda me irrita )


Confesso que já há pouca coisa que me consegue fazer irritar.
No entanto há uma que me tira mesmo do sério, que são as pessoas mesquinhas, pequeninas e vingativa(zinha)s.
É desesperante! Mas ainda há tanta gente assim, infelizmente.

Que mal tem dizerem-nos que estamos a fazer mal qualquer coisa, quando efectivamente o estamos a fazer mal?
Que mal tem ouvir os outros?

NÃO TEM MAL NENHUM! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
OUVIRAM ? ? ? ? ? ?? 

Mas não! Ficam acachaporradas e resolvem que têm de atacar ! E atacar só por atacar. Só porque SIM.

Ui... gente pequenina!

Como dizia alguém que conheci há alguns anos atrás... devem estar a precisar de peso! :-)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

MMXV - Dia 37 (Há dias...)

 
Há dias em que o melhor era nem ter saído de casa.


Ouve-se com cada uma que... 


AI BALHA-ME DEUS!


segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 26 (Quem faz anos hoje e... a santa do dia!)

Resolvi ir ver os aniversários do dia e dois chamaram-me a atenção: Paula Rego e José Mourinho.


Olha que dois!



Pensando um pouco no assunto, cheguei à conclusão que isto dos signos e dos horóscopos é capaz de ter alguma pontinha de verdade :-)
Ora vejamos:

  • Gosto muito da obra da Paula Rego. Não a entendo muito bem, mas sei que gosto! O mesmo com o José Mourinho. Não percebo nada do que ele faz, mas gosto dos resultados!

  • Gosto muito da atitude da Paula Rego. Está "na dela" e marimba-se para o que os outros pensam. O Mourinho? IGUAL!!!!!!!

  • A Paula Rego vive em Inglaterra. O Mourinho... também! 
  • A pintura de sucesso deixou-a "bem na vida". Pois o Mourinho.... também!!

  • Paula Rego é a pintora portuguesa mais aclamada a nível internacional, estando colocada entre os quatro maiores pintores vivos em Inglaterra. O Mourinho? É dos treinadores portugueses mais aclamados de todos os tempos! 
E as semelhanças continuam....

Continuei eu também à cata de eventos do dia e percebi que hoje é dia de Santa Paula (Paula de Roma). UAU
E que semelhanças tem com os outros dois? ? ? Bem... algumas:

Paula pertencia à nobreza italiana, tendo sido casada com o senador Toxócio, com quem teve cinco filhos, dentre os quais Santa Eustóquia e Santa Blesila. No ano de 379 d.C., aos 32 anos, ficou viúva, dedicando sua fortuna e o resto de sua vida ao desenvolvimento espiritual e ao cuidado para com os pobres. Teve estreita amizade com Santa Marcela, Santo Epifânio e Paulino de Antioquia, bispo de Antioquia. Foi amiga e estudante espiritual de São Jerónimo, com quem teve contato em 382, tendo, posteriormente escrito sua biografia. Em 385 partiu como peregrina para a Terra Santa, estabelecendo-se em Belém, em 396, onde construiu igrejas, um hospital, um mosteiro, do qual foi primeira abadessa. Morreu, de causas naturais, no ano de 404, sendo sepultada na Basílica da Natividade. 

E eu?
NADA, ZERO, ZIP, NULL
Só me resta ouvir falar do Mourinho e olhar para a pintura da Paula Rego!
Ai ai 

MMXV - Dia 25 (GRÉCIA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!)


MMXV - Dia 24 (Teatro, Memória)

Terrorismo

 

MMXV - Dia 23 (Austrália, Sydney)

Austrália - Sydney

MMXV - Dia 22 (O último abraço que me dás, António Lobo Antunes)

Mais um texto absolutamente fantástico do meu escritor favorito.


O último abraço que me dás

Ali, na sala de quimioterapia, jamais escutei um gemido, jamais vi uma lágrima. Somente feições sérias, de uma seriedade que não topei em mais parte alguma, rostos com o mundo inteiro em cada prega, traços esculpidos a fogo na pele

O último abraço que me dás
Para Luís Costa
O lugar onde, até hoje, senti mais orgulho em ser pessoa foi o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, onde a elegância dos doentes os transforma em reis. Numa das últimas vezes que lá fui encontrei um homem que conheço há muitos anos. Estava tão magro que demorei a perceber quem era. Disse-me
- Abrace-me porque é o último abraço que me dá
durante o abraço
- Tenho muita pena de não acabar a tese de doutoramento
e, ao afastarmo-nos, sorriu. Nunca vi um sorriso com tanta dor entre parêntesis, nunca imaginei que fosse tão bonito.
Com o meu corpo contra o dele veio-me à cabeça, instantâneo, o fragmento de um poema do meu amigo Alexandre O'Neill, que diz que apenas entre os homens, e por eles, vale a pena viver. E descobri-me cheio de respeito e amor. Um rapaz, de cerca de vinte anos, que fazia quimioterapia ao pé de mim, numa determinação tranquila:
- Estou aqui para lutar
e, por estranho que pareça, havia alegria em cada gesto seu. Achei nele o medo também, mais do que o medo, o terror e, ao mesmo tempo que o terror, a coragem e a esperança.
A extraordinária delicadeza e atenção dos médicos, dos enfermeiros, comoveu-me. Tropecei no desespero, no malestar físico, na presença da morte, na surpresa da dor, na horrível solidão da proximidade do fim, que se me afigura de uma injustiça intolerável. Não fomos feitos para isto, fomos feitos para a vida. O cabelo cresce-me de novo, acho-me, fisicamente, como antes, estou a acabar o livro e o meu pensamento desvia-se constantemente para a voz de um homem no meu ouvido
- Acabar a tese de doutoramento, acabar a tese de doutoramento, acabar a tese de doutoramento
porque não aceito a aceitação, porque não aceito a crueldade, porque não aceito que destruam companheiros. A rapariga com a peruca no braço da cadeira. O senhor que não olhava para ninguém, olhava para o vazio. Ali, na sala de quimioterapia, jamais escutei um gemido, jamais vi uma lágrima. Somente feições sérias, de uma seriedade que não topei em mais parte alguma, rostos com o mundo inteiro em cada prega, traços esculpidos a fogo na pele. Vi morrer gente quando era médico, vi morrer gente na guerra, e continuo sem compreender. Isso eu sei que não compreenderei. Que me espanta. Que me faz zangar. Abrace-me porque é o último abraço que me dá: é uma frase que se entenda, esta? Morreu há muito pouco tempo. Foda-se. Perdoem esta palavra mas é a única que me sai. Foda-se. Quando eu era pequeno ninguém morria. Porque carga de água se morre agora, pelo simples facto de eu ter crescido? Morra um homem fique fama, declaravam os contrabandistas da raia. Se tivermos sorte alguém se lembrará de nós com saudade. De mim ficarão os livros. E depois? Tolstoi, no seu diário: sou o melhor; e depois? E depois nada porque a fama é nada.
O que é muito mais do que nada são estas criaturas feridas, a recordação profundamente lancinante de uma peruca de mulher num braço de cadeira. Se eu estivesse ali sozinho, sem ninguém a ver-me, acariciava uma daquelas madeixas horas sem fim. No termo das sessões de quimioterapia as pessoas vão-se embora. Ao desaparecerem na porta penso: o que farão agora? E apetece-me ir com eles, impedir que lhes façam mal:
- Abrace-me porque talvez não seja o último abraço que me dá.
Ao M. foi. E pode afigurar-se estranho mas ainda o trago na pele. Durante quanto tempo vou ficar com ele tatuado? O lugar onde, até hoje, senti mais orgulho em ser pessoa foi o Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria onde a dignidade dos escravos da doença os transforma em gigantes, onde só existem, nas palavras do Luís, Heróis.
Onde só existem Heróis. Não estou doente agora. Não sei se voltarei a estar. Se voltar a estar, embora não chegue aos calcanhares de herói algum, espero comportar-me como um homem. Oxalá o consiga. Como escreveu Torga o destino destina mas o resto é comigo. E é. Muito boa tarde a todos e as melhoras: é assim que se despedem no Serviço de Oncologia. Muito boa tarde a todos e até já, mesmo que seja o último abraço que damos.

MMXV - Dia 21 (Keep Calm - Read a Book)


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 17 (Taken3)

Isto de cinema anda mal por estes lados em 2015.

Desta vez foi o Taken3.
Não vi os dois primeiros e só fui porque a Inês ficou entusiasmadissima e queria muito ver o filme. Cá de fim-de-semana, fiz-lhe a vontade. Confesso que também fiquei um pouco curiosa com tanto entusiasmo.
Lá fomos!
Que desilusão. Não consegui gostar nadinha do filme. 30 minutos depois já estava quase a dormir.
Muitas perseguições, carros a estoirar e TIROS... muitos TIROS.

Irritam-me estes filmes.
O herói tem uma arma pequenina, luta com dezenas de mauzões, escapa de imensas rajadas de metralhadoras ileso e... dá um tiro e mata-os logo!
Incrivel.
Achei a história pobre, o filme muito pouco verosímel  e a representação... nada de especial.



domingo, 18 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 16 (Oscars 2015 - Nomeados "Melhores Actor/Actriz")





Actor

    Steve Carell
    Foxcatcher

    Bradley Cooper
    American Sniper

    Benedict Cumberbatch
    The Imitation Game

    Michael Keaton
    Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)

    Eddie Redmayne
    The Theory of Everything


Actriz

    Marion Cotillard
    Two Days, One Night

    Felicity Jones
    The Theory of Everything

    Julianne Moore
    Still Alice

    Rosamund Pike
    Gone Girl

    Reese Witherspoon
    Wild


Actor Secundário

    Robert Duvall
    The Judge

    Ethan Hawke
    Boyhood

    Edward Norton
    Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)

    Mark Ruffalo
    Foxcatcher

    J.K. Simmons
    Whiplash


Actriz Secundária

 
    Patricia Arquette
    Boyhood

    Laura Dern
    Wild

    Keira Knightley
    The Imitation Game

    Emma Stone
    Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)

    Meryl Streep
    Into the Woods

MMXV - Dia 15 (Oscars 2015 - Nomeados "Melhor Filme")



Best Picture

    American Sniper
    Clint Eastwood, Robert Lorenz, Andrew Lazar, Bradley Cooper and Peter Morgan

    Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
    Alejandro G. Iñárritu, John Lesher and James W. Skotchdopole

    Boyhood
    Richard Linklater and Cathleen Sutherland

    The Grand Budapest Hotel
    Wes Anderson, Scott Rudin, Steven Rales and Jeremy Dawson

    The Imitation Game
    Nora Grossman, Ido Ostrowsky and Teddy Schwarzman


    Selma
    Christian Colson, Oprah Winfrey, Dede Gardner and Jeremy Kleiner


    The Theory of Everything
    Tim Bevan, Eric Fellner, Lisa Bruce and Anthony McCarten

    Whiplash
    Jason Blum, Helen Estabrook and David Lancaster

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 12 (O rescaldo dos Charlies)

Um dos melhores textos que li sobre o "assunto" #jesuischarlie

http://fonsecaville.activa.sapo.pt/preso-por-ser-charlie-preso-por-nao-ser-14823


MMXV - Dia 11 (Birdman, o filme)

Já não ia ao cinema há um tempinho.
Fui ver o Birdman.
Ups...
Que filme tão estranho. 
O que mais gostei foi do Michael Keaton. Nem parecia ele. Muito boa interpretação. O Edward Norton também. Os dois em papeis diferentes do que fazem habitualmente. Gostei!

Do filme propriamente dito, nem tanto :-(
Uma realização um pouco "marada" com a camara ao ritmo da música e algo frenética. Parece que é feito de um só take (essa parte gostei), mas dá-nos uma sensação estranha.
Enfim... fiquei à beira de um ataque de nervos !
Grrrr


MMXV - Dia 10 (Nova Iorque)



USA - NY

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 9 (Vickie)

O Vickie era dos meus desenhos animados favoritos.
Era um puto esperto, filho do chefe da aldeia onde vivia, não me lembro muito bem onde. Era escandinavo, isso de certeza, e estava sempre a ter ideias fantásticas.

Ei Ei Vickei
Ei Vickei Ei
No mar a viajar
...

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 7 (Je suis Charlie Hebdo)

É um dia triste!
Como é possível acontecerem estas coisas no seculo 21?
Como é possível as pessoas serem tão cegas?
Como é possível permitirem-se vinganças cobardes?

Somos TODOS Charlie's !


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 5 (Opera House - Sidney)


Um dos edificios mais fantásticos que já vi.
Tem uma atracção extraordinária. Por onde andasse em Sidney, acabava sempre perto da Opera.

http://www.sydneyoperahouse.com/homepage.aspx

MMXV - Dia 6 (Dia de Reis - Bolo Rei)


Não gosto de Bolo Rei.
Tem muitas frutas cristalizadas e são muito doces para mim.
Ainda bem que inventaram alternativas dentro do espirito do dia - Bolo Rainha (hihihi), por exemplo. Gosto mais.

domingo, 4 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 4 (Sergio Godinho - Lisboa que Amanhece)


MMXV - Dia 3 (Açorda)

Receita de Açorda




INGREDIENTES
Bacalhau 800 g
Pão alentejano 400 g
Ovos 4
Coentros, picados 4 Colheres de sopa
Dentes de alho, picados 6
Azeite Um fio
Vinagre q.b.
Sal q.b.
Pimenta q.b.

PREPARAÇÃO
Num almofariz, esmagar bem o alho com os coentros e o sal.
Colocar esta massa numa sopeira juntamente com o azeite.
Cozer o bacalhau em água com três colheres de sopa de azeite e durante cinco minutos.
Deixar arrefecer, retirar a pele e desfiar o bacalhau.
Verter a água da cozedura, coada, sobre a massa do alho.
Cortar o pão às fatias e reservar.
Adicionar, num tacho raso, a água, o vinagre e o sal. Quando a água levantar fervura, baixar o lume.
Partir um ovo para um copo e, depois, colocá-lo na água. Repetir com os restantes. Deixar cozer durante 3 minutos.
Num prato de sopa, colocar as fatias de pão, bacalhau e um ovo escalfado.
Verter o caldo de alhos e coentros por cima e ferver.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

MMXV - Dia 2 (Henrique Calhau Silvestre)

O meu Pai


MMXV - Dia 1 (Sophia de Mello Breyner, Porque)

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não 
Porque os outros usam a virtude 
Para comprar o que não tem perdão. 
Porque os outros têm medo mas tu não. 
Porque os outros são os túmulos caiados 
Onde germina calada a podridão. 
Porque os outros se calam mas tu não. 
Porque os outros se compram e se vendem 
E os seus gestos dão sempre dividendo. 
Porque os outros são hábeis mas tu não. 
Porque os outros vão à sombra dos abrigos 
E tu vais de mãos dadas com os perigos. 
Porque os outros calculam mas tu não. 

Sophia de Mello Breyner