terça-feira, 12 de outubro de 2010

O 3º Segredo de Fátima - a pastorinha erudita

Em véspera de aniversário da última aparição de Fátima, relembro o 3º segredo de Fátima, divulgado a 13 de Maio de 2000 por João Paulo II em Fátima.


« J.M.J.
A terceira parte do segredo revelado a 13 de Julho de 1917 na Cova da Iria-Fátima.
Escrevo em acto de obediência a Vós Deus meu, que mo mandais por meio de sua Ex.cia Rev.ma o Senhor Bispo de Leiria e da Vossa e minha Santíssima Mãe.
Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fôgo em a mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que parecia iam encendiar o mundo; mas apagavam-se com o contacto do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos n'uma luz emensa que é Deus: “algo semelhante a como se vêem as pessoas n'um espelho quando lhe passam por diante” um Bispo vestido de Branco “tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre”. Varios outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subir uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fôra de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trémulo com andar vacilante, acabrunhado de dôr e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de juelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varios tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns trás outros os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e varias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de varias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em a mão, n'êles recolhiam o sangue dos Martires e com êle regavam as almas que se aproximavam de Deus.
Tuy-3-1-1944 ».[1]
 
O texto foi escrito pela irmã Lúcia em Janeiro de 1944, por ordem do Bispo de Leiria. Foi guardado em envelope selado e, antes de João Paulo II, apenas foi lido pelos Papas João XXIII e Paulo VI que decidiram não o publicar.
Para uma pastorinha, a irmã Lúcia escrevia muitissimo bem :-)
Bjs

2 comentários:

  1. Paula, a "pastorinha" quando escreveu isso já tinha mais 27 anitos de escola em cima e por isso a qualidade do texto mais não faz que demonstrar que o acesso à Educação de facto é o equalizador da Sociedade e ter ou não ter marca uma diferença profunda... se não tivesse sido a visão, como pastorinha que era, 27 anos depois talvez conseguisse assinar o seu nome com uma letrinha bonita.... (ou nem isso :-( )

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