Esta semana fui ver a peça O Senhor Puntila e o Seu Criado Matti, escrita em 1940, durante o exílio de Bertolt Brecht na Finlândia. É uma comédia excepcional e uma parábola sobre o poder e a consciência individual e social. Puntila, um proprietário rural que aprecia demasiado a bebida, sofre de dupla personalidade: quando está sóbrio é arrogante e egocêntrico, quando está ébrio é fraternal e compassivo. Oscilando entre ambos os extremos, surpreende e confunde tudo e todos, amigos, desconhecidos e subordinados, em especial Matti, o seu motorista e confidente.
Não conhecia o texto e gostei muito. É muito actual e sério usando como veículo a comédia. As interpretações de Miguel Guilherme e de Sérgio Praia são excelentes. Também não conhecia o Sérgio Praia... espero vê-lo muitas e mais vezes. O elenco feminino é fraco e, em particular, a interpretação da Sofia Portugal é muito pobre. Também a encenação não me cativou. Não tenho particular apreço pelo trabalho do João Lourenço e esta peça não foi excepção. Previsível e artifical ! Mas vale pelo grande trabalho dos 2 actores masculinos...
A peça está em cena no Teatro Aberto. Vão ver, vale a pena!
Viva Brecht , viva o Miguel Guilherme e viva o Teatro!
Bjs
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