O FADO DO COVEIRO
Das artes mágicas campeão audaz
tira Marcelo da manga a outra faceta:
por su dama Lisboa, o Galaaz
faz à viela e ginga à lisboeta.
Calça à boca de sino e cachené
ao marialva senil metendo inveja,
fidalgo edil que canta para a ralé
o faduncho finório gargareja.
Estremece Aníbal com o pardal fadista
que aquilo é treino para o último regalo:
escaqueirar o reinado cavaquista
e sobre a tumba, por fim, cantar de galo.
Natália Correia, “Cancioneiro Joco-Marcelino”
in O Corvo, jornal de campanha eleitoral da Coligação por Lisboa.
N.ºs 1 a 8, novembro/dezembro de 1989.
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