quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Natália Correia = 100-30 (59)

Soneto de abril

 
Evoé! de pâmpano os soldados  
rompem do tempo em que Evoé! a terra 
salvé rainha descruzando os braços 
com seu pé de papiro pisa a fera.

 
Na écloga dos rostos despontados  
onde dos corvos se retira a treva, 
de beijo em beijo as ruas são bailados  
mudam-se as casas para a primavera.

 
Evoé! o povo abre o touril 
e sai o Sol perfeitamente Abril  
maravilha da Pátria ressurrecta.

 
Evoé! evoé! Tágides minhas 
outras vez prateadas campainhas 
sois na cabeça em fogo do poeta.

 

Natália Correia, em "PoemAbril- antologia de autores.

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