Fui a Timor Leste em Janeiro de 2001, após a passagem do milénio em Sidney (memorável também, mas que fica para outro relato).
Timor Leste estava ainda sob a administração transitória das Nações Unidas (a UNTAET). A resolução das Nações Unidas deu à UNTAET a missão, entre outras, de manter a ordem pública.
E, senti-me protegida.
Confesso que não se andava “à vontade” mas havia sempre um “boina azul” pronto a ajudar.
Os que mais gostei foram os Sul-Coreanos. Estavam na ponta Oeste da ilha – em Tutuala e foram quase meus amas-secas.
Nesta foto tinham-nos levado à praia. Até parece mentira, mas mesmo na praia não podíamos estar sozinhos. Toda a praia tinha sido minada pelos indonésios, por isso só podíamos andar atrás dos militares e tínhamos de lhes seguir as pegadas. Um passo fora do trilho que eles deixavam, podia ser a morte aqui da artista ☹
Mas, mesmo assim, consegui correr a ilha toda.
É uma ilha muito bonita e merece ser visitada e ajudada.
Um dos sítios a que tive MESMO de ir foi a Venilale. Lembram-se dos relógios da swatch que muitos de nós comprámos para ajudar a construir uma escola em Timor? Era em Venilale, e a minha mãe (que comprou muitos relógios), quis que eu fosse ver se a escola estava a ser reconstruída. E não é que estava mesmo?
E mesmo em obras, havia aulas. Lá estava uma professora portuguesa em missão (a Filomena) que ainda hoje recordo. Uma mulher admirável. Adorei conhecê-la. Ainda me lembro dos miúdos, dos seus alunos.
E há tantos,
Uma semana e meia em Timor Leste é impossível de contar num relato curto como este.
O Sérgio Vieira de Melo, o chefe de missão da UNTAET dizia que iria demorar gerações até que aquele povo se conseguisse libertar do domínio e do tipo de ocupação (até psicológica) da Indonésia.
Espero que o consigam, porque o merecem!
Obrigadu barak!
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